quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

4ª Leva - Blond Ale - Especial

Novamente fiz uma Blond Ale. Mas esta ceva eu fiz mais especial. Acrescentei na Fervura casca de Laranja e Hortelã.

Um pequeno video da Fervura da Blond Ale


Não utilizei água Bona Fonte como nas brassagens anteriores. Hoje eu utilizei água Cristal.


E aumentei o tamanho da bazooka para melhorar a Filtragem.


Eu acredito que esta Blond Ale terá notas cítricas com Hortelã e também eu adicionei 3 tipos de Lúpulos. Agora vamos aguardar mais alguns dias a Fermentação.

Maturação

Domingo, 06 de Janeiro de 2013, Dia de Reis, eu deixei a Blond Ale fermentando por 10 dias a uma temperatura ambiente de 20º graus. No balde da Maturação eu deixarei 1 semana na geladeira a uma temperatura de 0º grau. Enquanto a Ceva matura, eu provei um pouco dela e tá prometendo ser uma gelada bem forte e com notas cítricas.


 

Antes da fase da maturação, coletei uma amostra desta ceva e a cor saiu diferente de uma Blond Ale tradicional e também diferente da primeira Blond Ale que fiz. O fato dela sair da cor cobre é a mistura de dois tipos de maltes que inseri na receita. Utilizando o programa Beersmith, um software recomendado a todo cervejeiro caseiro, que o ajudará em todas as tuas dúvidas antes de fazer a tua ceva, fácil de usá-lo, basta entender um pouco de Inglês. Para adquirir este software, acesse: beersmith.com

Envase

 
Dia 13 de Janeiro:  Etapa final da cerveja: finalmente a fase das garrafas! Antes de começar a fazer o envase eu coletei uma amostra da fase maturação. A cor da ceva ficou um pouco mais escura. Nesta fase todo o cuidado com este líquido precioso deve ser tomado. 

Garrafas:

As garrafas foram lavados uma semana antes. Podemos reaproveitar as garrafas de cervejas que bebemos, porém sempre lave-as bem. Eu primeiramente inicio o processo de Sanitização: eu retiro os rótulos, as lavo com escova por dentro e após uso água corrente, depois  deixo de molho em solução de água sanitária + água. Novamente eu as lavo com água corrente. Esta água da lavagem eu reaproveito para lavar pátio. Deixo secar bem em um local livre de impurezas ( tenho um quartinho com paredes revestida de ajulejo). A minha etapa seguinte eu encho as garrafas com água quente e deixo a água esfriar. Após ficarem secas, elas passam pelo processo de Higienização das garrafas com álcool 70%. Depois de ficar bem sequinha eu coloco a cerveja. Uma dica especial: Utilize uma lâmpada e aproxime do fundo da garrafa. Observe se o fundo esta todo cristalino. No caso de haver alguma mancha, refaça o processo da lavagem. Se não sair esta mancha inutilize a garrafa. 

Primming: 

Técnica de adicionar pequena quantidade de fermentáveis na garrafa para carbonatar a cerveja. Podemos utilizar açúcar comum, mascavo, mel. Eu costumo usar açúcar comum. ( em um próximo tópico falaremos sobre o Primming com mais técnica ). Somente uma vez utilizei açúcar mascavo para minha primeira leva a APA. Utilizei 1 grama para cada 100 ml de cerveja. Após a APA utilizei açúcar comum.
Cuidado: Deixei a tua ceva maturar bem. Não exagere na dose do açúcar. Uma quantidade exagerada de açúcar poderá haver uma forte pressão interna com risco de estourar as garrafas.

Chapinhas:

As tampinhas também deverão ser higienizadas. Utilize álcool 70% em uma vasilha e as deixe de molho durante uns 15 minutos antes de colocá-las na garrafa. Na foto abaixo tem esta "maquininha manual" que lacra a chapinha na garrafa.


A cerveja já está dentro da garrafa e agora precisa "descansar" e refermentar por mais 15 dias. A ansiedade está demais para ver esta nova Blond Ale Especiale. Aguardemos então! Salute!

* * *

Nota Importante: As cervejas ficaram boas, porém ficou mais forte, um pouco doce e com mais corpo e notas de hortelã e laranja. Não fotografamos a cerveja no copo, devido ao fato dela ter sido consumida rapidamente por amigos e por mim! As primeiras foram abertas antes do Carnaval (Fevereiro de 2013) e a última garrafa foi aberta na Páscoa, (Março de 2013). Uma outra garrafa foi enviada a um amigo do Rio Grande do Sul. Esqueci de fotografar a ceva no copo. Desculpem! ;-)
                                                                                  
                                                                                    Salute!

PS.: Alguns dias depois que encerrei este tópico, um amigo gaúcho, fez a foto da 4ª Leva da Birra Ballare e postou no blog Bucaneiro do Mongol. Esta garrafa  foi enviada a ele, sem o rótulo, antes da Páscoa. Obrigado Joel! 
Foto do blog Bucaneiro do Mongol, postagem de Abril de 2013






sexta-feira, 16 de novembro de 2012

3ª Leva - PALE ALE - Domingão


Brassagem: foi também acrescentada aveia e Malte Chateau Wheat Blanc

Após um fim de semana agitado, devido ao feriado do 7 de Setembro, eu acordei para me dedicar a minha Pale Ale que comprei o kit na Cia da Cerveja. Alterei um pouco a receita e acrescentei na brassagem 100 gramas de Aveia e  100 gramas de Malte Chateau Wheat Blanc.


Aveia gelatinizada será cozida antes de ser colocada na brassagem



Hoje é dia 09 de Setembro, e a moagem do malte começou por volta das 2 da tarde. Um calor horrivel e eu acompanhado por uma ceva de trigo da Baden Baden, bem geladinha. Modifiquei a minha bazooka e antes de aquecer a água, verifiquei se tudo estava bem.

Água Bona Fonte lançada na panela e lá começava a ferver a água. 12 litros iniciais.


Início da fervura


Na hora de resfriar a ceva, eu fiz um pequeno sistema de refrigeração com as seguintes caracteristicas:

7 metros de cano de cobre;
2 tanques de 70 litros ( aqueles barris de azeitona azul );
Um balde;
Mangueira transparente;
Sal grosso;
Barbante;
E bastante gelo, não precisa comprar, é só fazer em casa mesmo e ir fazendo estoque!


Esquema de refrigeração na fase da fervura

Enrolei o cano de cobre em forma de chiller e os prendi com barbante para poder caber dentro de um balde, o meu é de 15 litros. Em uma das pontas do chiller de cobre eu liguei na torneira e a outra ponta no chiller de alumínio que vai dentro da panela com a ceva.



Dentro do balde eu coloquei o chiller de cobre, enchi com água, adicionei sal grosso e o gelo, em poucos minutos a água do balde já estava bem gelada.O Chiller de alumínio já estava dentro da panela, abri a torneira e a água vai bem geladinha para dentro do chiller. Em poucos minutos a temperatura já havia abaixado.

A água que sai do chiller sai bem quentinha, ai eu a armazenei em um dos tanques de azeitona. ( Durante a semana, utilizarei esta água para limpar o pátio. Esta água não é indicada para lavagem de equipamentos cervejeiros. )
 

19/Setembro



Deixei fermentando por 10 dias. Demorou para o Airlock borbulhar. Já fiquei preocupado no 2º dia. Observei se não havia nenhuma saida de ar no balde fermentador. Tudo correto. Nenhuma saída de ar.
Observei a temperatura ambiente, estava muito quente. Transferi o balde para um outro local mais ventilado e fresquinho. Algumas horas depois, o airlock dava as suas pequenas bolinhas de ar! Que alivio!
Dez dias depois, eu fiz a transferência da cerveja para dois baldes de 12 litros, pois minha geladeira tem um espaço bem pequeno. Tudo bem sucedido! Agora esperar maturar e engarrafar!

29/Setembro

Um bom tempo de maturação, comecei a fase de engarrafar o nosso líquido precioso. Fiz o açúcar invertido e comecei o processo. Agora aguardar por volta de 10 dias, ou mais, o processo de refermentação na garrafa



Tempo de espera no mínimo 10 dias!



19/Outubro


A primeira a ser aberta! A grande surpresa: ficou uma Pale Ale bem leve! Nada melhor do que comemorar meu aniversário com minha própria ceva! Os amigos gostaram, os cervejeiros mais experientes dizeram que ainda tenho que melhorar a receita! É a prática que fará as grandes mudanças para a próxima leva! Salute a Todos!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

18ª Expo Bebidas e Serviços - SP


Visitamos a 18ª Expo Bebidas & Serviços, realizada no dia 06 de Outubro no Expo Center Norte/ SP/ Pavilhão Azul. Neste dia, na parte da tarde, estavam presentes algumas cervejarias: Itaipava ( do grupo Petrópolis ), RJ, Conti Bier (da cidade de Cândido Mooca ), SP, Cervejaria Colina (da cidade de Londrina) PR .

Cervejaria Colina - Paraná.


Stand da Colina

Foi o primeiro Stand que visitamos. Degustei o Chope Claro. Uma Pilsen leve, refrescante e com espuma cremosa e corpo bonito. Esta Cervejaria também produz o chope escuro, e a novidade o Chope Marula, tem na fórmula Marula, este irei provar quando for a Londrina. É uma boa cervejaria.


Chopes Colina Claro, uma verdadeira Delícia!

Cervejaria Conti Bier - São Paulo.

O grupo Contini começou com a fabricação de Vermuths e licores. Hoje este grupo cresceu e fabrica refrigerantes e cervejas. No Stand da Contini havia outras bebidas destiladas também. Nosso foco é com cervejas! Degustamos as três cervejas que estavam sendo distribuídas no dia: Conti Premiun, Conti Pilsen e Samba.
Conti Preminum - em garrafa de 600 ml. Ceva forte, com malte atenuado e médio amargor. A melhor.
Conti Pilsen - em garrafa de 300 ml. Ceva refrescante, leve e com médio amargor. Mais fraca no sabor que a Premium, é boa!
Samba - em garrafa de 300ml. Ceva refrescante, levíssima no aroma e com baixo amargor. Ideal para um churrasco.

Cerveja Itaipava - Rio de Janeiro.

A famosa Itaipava distribuia as suas cevas para o público com som e muita alegria. É uma ceva Pilsen bem leve e foi conquistando o mercado. Produzida pelo grupo Petrópolis, do Rio de Janeiro, a Itaipava distribui também a Itaipava Light, um tipo de cerveja mais leve e ideal para os dias quentes de verão.

Já estávamos no fim da feira e os stand estavam sendo desmontados. Contudo, pudemos desfrutar de boas cervejas expostas ao públicos! Ano que vem tem mais! Salute!





Tchesco registrando o que há de melhor!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

2ª Leva - Blonde Ale - 9 de Julho

São Paulo: Feriado da Revolução de 32. Eu comecei a produzir uma Ceva com receita bem simples, uma Blond Ale. Havia comprado um kit Blond Ale no site Cia da Cerveja, de Santa Catarina. Este site é bem sério e responsável.  Desta vez eu planejei melhor a minha  brassagem. Um dia antes, havia verificado tudo: Fogão, gás, reserva de gás, higiene da cozinha e equipamentos.

Nesta 2ª o fogareiro estava ok.

Desta vez, não utilizei água do parque do Horto Florestal, pois quis poupar um pouco a minha coluna e estava sem carro! Comprei água Bona Font, 40 litros no total, do qual utilizei somente 30 litros.

Água Bona Fonte
 Nunca havia provado uma Blond Ale! E agora? Como fazer uma ceva do qual nunca degustei? A APA eu já havia degustado e já tinha idéia de cor, espuma, gosto etc.... Mas esta..foi um  desafio!

Comecei a ler a receita, pesquisar na internet mais informações enfim, eu não sabia exatamente o que eu estava fazendo! hehehe!

Arrisquei! É utilizado somente um tipo de Malte, o Pilsen. Depois fui a descobrir que podemos adicionar um pouco de malte de trigo. Então, nesta minha primeira leva de Blond Ale eu utilizei 100% Malte Pilsen!

Em relação ao lúpulo, utilizei o Lúpulo Magnum. Mas pode-se também usar outros Lúpulos. 
Fermento é do tipo Ale, o S-04 por exemplo.

Pronto! Este são os itens para se fazer uma Blond Ale.

Após todo o processo de Brassagem, Fervura e Fermentação, que deixei a uma temperatura ambiente por volta de 20º, chegou a vez da maturação.
Airlock - Fase Fermentação


Uma das opções da receita era justamente transferir a cerveja do fermentador para o maturador. Encher os baldes por completo e coloca-los na geladeira. O tempo seria 1 semana. Mas eu fiquei com um baita resfriado e não pude fazer a etapa final, que era transferi-la para garrafa. Deixei mais alguns dias maturando. Pronto! Engarrafarei e a curiosidade crescia...como será o sabor? Notas? Quem sabe....o que vai sair destas garrafas!


Uma amostra da fase da Fermentação para Maturação: minha curiosidade foi muito grande
Mais 15 dias esperando...e eu ficava preocupado e ao mesmo tempo ansioso!

O Grande Dia!


Coloquei uma garrafinha de 300 ml, um dia antes na geladeira. Quando abro a garrafinha, para minha surpresa aquele barulinho de gás...!!!! Uma boa carbonatação.

De repente, um cheiro de trigo! Será que ocorreu algum off-flavors?! Alguma contaminação?! Sabe lá!

Eu tomei, fiquei a observar notas...Bah!!!! Muito leve!!!! Refrescante!!!! Uma ceva que lembrava uma de trigo, tanto na cor, como no gosto! Tinha gosto  de biscoito...um pouco adociada e amarga. Amargor de lúpulo...quase ausente! Final um pouco mais doce! Seca e com cara de quero mais!

Ofereci aos meus familiares, vizinhos e amigos. No começo todos haviam estranhado a cor dela. Mas quando degustaram gostaram! Minha mama já achou que era feita somente de trigo. Agora sim já tinha uma noção do que era realmente uma Blond Ale.

6B.
Após a produção ainda não estava satisfeito com o resultado. Quis saber mais sobre o estilo. Alguns amigos Cervejeiros me indicaram a tal Hollywood Blonde. Outros que já fizeram esta ceva, me disseram que realmente ela tem um adociado maltado, com baixo ou médio aroma de Lúpulo, ( no caso da minha Blond Ale, com baixo aroma de Lúpulo ). Gostei da receita e segundo  pesquisas , eu poderei também acrescentar hortelã! Meu novo desafio: Na 4ª Leva farei novamente esta Blond Ale e acrescentarei Hortelã!


Salute!








sexta-feira, 17 de agosto de 2012

1ª Leva - APA - Dia do Trabalhador

A primeira leva foi feita no dia 1º de Maio de 2012, por volta das 3 horas, em minha cozinha, que hoje é um verdadeiro laboratório. Alguns dias atrás, eu havia coletado água diretamente de uma fonte do Parque Estadual Alberto Löfgren, mais conhecido por Horto Florestal. Trata-se de uma água mineral pura. No total coletei 30 litros.


Água pura vinda da Mata Atlântica Paulistana.

A receita desta APA foi cedida por um grande Mestre Cervejeiro Rogério Sventkaukas, do qual devo a ele todo este aprendizado.

Problema no fogareiro.

Enquanto moíamos os grãos de malte, eu já havia colocado a água para ferver. Até ai estava tudo ok, mas de repente o fogareiro começou a dar problemas. Imediatamente eu o desativei. Infelizmente tive que continuar no fogão comum mesmo. A minha sorte é que a boca do meu fogão é grande e a temperatura começou a subir, porém bem lentamente. ( Lembre-se não use fogão doméstico, além de demorar muito, a cerveja não ficará muito boa.). Quando a temperatura subiu para 50º graus eu adicionei o malte moído. ( nesta hora adicione-o bem lentamente).

Brassagem

Como primeira leva que fiz sozinho, comecei a ficar um pouco tenso e inseguro. Na época usei termômetro de mercúrio ( também não recomendo, pois ele não dá uma precisão exata do grau da temperatura, use um termômetro digital, estes de medir temperatura de carne). Olhava para o relógio, mexia na panela, via todo aqueles grãos se misturando com a água, enfim, eu tomava todo o cuidado para o controle de temperatura.

Havia iniciado com 13 litros de água - Desculpem a foto, é que foi tirada de celular! :-)

Teste do iodo

Depois de umas longas horinhas, era o momento de fazer o teste do iodo. Coletei um pouco do suco de bagaço e coloquei sobre um pires branco. Algumas gotinhas de iodo e pronto! O meu mosto já estava no ponto certo para desativar as enzimas. Subi a temperatura e depois de uns bons minutos, eu desliguei o fogão por atingir a temperatura de desativação enzimática ( 78º )

Recirculação do Mosto

Agora sim! Fiz a recirculação do mosto. Com uma caneca de alumínio e uma escumadeira de inox, eu comecei o processo que me rendeu uns 20 minutos. ( a minha segurança e confiança começavam a amadurecer! ).

Filtragem e lavagem do bagaço

Minha filtragem foi a feita através de uma bazooka de inox. Teve um certo momento que ela entupiu. ( eu a tinha feita muito pequena, mas eu mexi naquele bagaço todo com a colher e voltou a circulação novamente. Após toda a filtragem, eu comecei a lavar o bagaço.

Fervura do Mosto

Barbaridade! Depois de todo um trabalho, chegou o momento de ferver o mosto. PUTZ!!!! Meu gás havia acabado! Imediatamente, peguei um outro butijão ( sempre deixe um butijão de reserva ) e depois de alguns minutos, eu começava o ritual....Adicionei nesta receita Lúpulo Northern Brewer e o Lúpulo Saaz, o de aroma. Depois de quase 1hora e meia, eu comecei a fazer o resfriamento do mosto.

Fermentação


A 1ª Leva foi menos de 20 litros

Chegou o momento final da primeira temporada! :-)
Transferi todo o mosto para um balde de fermentação. Abri o envelope de fermento e espalhei dentro do fermentador. Fechei bem o balde e coloquei o airlock.
Esperei uma semana para fermentação. O Airlock demoru a borbulhar. Havia ficado preocupado. Pensei até  jogar toda a leva fora e refazê-la. Mas para a minha surpresa, tudo estava de acordo com minha receita. O próximo passo foi a maturação.

Maturação.
Mais uma bobeira eu marquei. Havia esquecido de providenciar um outro balde para maturar. A minha sorte é que tinha 4 garrafões de água mineral de 5 litros. Não pensei duas vezes: eu os lavei bem, fiz uma forte higienização, e fiz um airlock caseiro com mangueirinha de bombinha de aquário e bebedouro de passarinho. ( Claro que tudo bem Higienizado ). Deixei 7 dias em temperatura ambiente e depois eu os coloquei na geladeira.
Apenas utilizei 3 galões destes para fazer a maturação
Engarrafamento:

Após os 10 dias de maturação, eu tirei o primeiro galão da geladeira, porém, quando fui observar, o airlock estava frouxo e havia entrado ar. Eu provei um pouco, e tinha um forte gosto amargo, logo cuspi. Deixei de lado, já começou um pouco a minha frustação. Ai peguei o segundo galão que estava tudo ok, quando fui provar, para a minha alegria, estava com gosto de cerveja, porém bem fraquinha. Ai comecei a engarrafar. Inseri nas garrafas açúcar mascavo para carbonatar. As tampinhas eu as coloquei em um pote com álcool 70% e deixei lá durante 20 minutos.
A primeira Leva teve este rótulo.
Degustação:

Após abrir a primeira garrafa, infelizmente ela lembrava uma Pale Ale, não tinha nada haver com uma APA. Não tirei nenhuma foto da ceva no copo, pois os meus amigos acabaram com o meu pequeno estoque...hehehe!
Uma lição importante que aprendi: manter muito a calma e NUNCA E JAMAIS pensar em cifras. O mais importante é fazer a cerveja com todo o cuidado e paz na alma! :-)

Nunca desista! Mesmo que venha o famoso desânimo e os pensamentos vazios do tipo: não vai dar certo, isto não vai dar futuro...vá em frente! Eu já havia planejado a minha segunda leva para o feriado do 9 de Julho: Uma Blond Ale ( que vamos falar desta 2ª experiência )

Salute!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Rótulo

       INSPIRAÇÃO DO RÓTULO       

Baseado nas velhas danças da Tarantela Napoletana e de outras tradicionais danças camponesas, que a nona dançava e nos alegrava, a idéia do rótulo da Birra Ballare será sempre associado a um tipo de dança. A alegria de dançar com alguém ou simplesmente sozinho. A alegria de beber sozinho ou simplesmente acompanhado. A dança e a cerveja tem algo em comum: a alegria!

Nossa cerveja é caseira e sem compromisso comercial. Porém ela tem identidade e uma filosofia. Se tu obervares bem, verás que em nosso rótulo há pernas de um casal de camponês dançando. A seguir o nome da nossa cerveja e na sequência o tipo da nossa cerveja. E na última linha, simplesmente escrito Cerveja Caseira. O intuíto não é a comercialização, mas um aprendizado, participar de missas com outros confrades ( a palavra missa, no meio cervejeiro, é um tipo de reunião, onde podemos oferecer a nossa cerveja aos colegas e fazer degustação, observar detalhes que vocês entenderão no decorrer de nosso blog.), quem sabe também participar de concursos entre festas ou simplesmente presentear uma garrafa aos amigos!

Minha primeira leva oficial foi uma APA - American Pale Ale - em um próximo tópico eu contarei os detalhes de minha produção. Como todo o início, dá várias coisas erradas! ( amigo ou amiga que quer produzir cerveja, eu aconselho antes de fazer a sua brassagem, conheçer bem o equipamento que estarás trabalhando e NUNCA pense em fazer a cerveja e já vender! Sinta o prazer de produzir a sua cerveja ). Até mesmo a escolha de um nome pode dar errado. Eu havia colocado Caxinguelê, um esquilo brasileiro como mascote, mas depois pensei e  um dia lembrei de minha velha nona, de minha vida em São Paulo, Blumenau, Porto Alegre, das danças típicas do Maifest, Oktoberfest, Achiropita e mudei tudo. Ai nasceu o nome BALLARE. O rótulo da próxima leva será este abaixo:


O Padrão do rótulo será este. Com a produção de outros tipos de cervejas, mudarei o nome e a cor será sempre em referência a cerveja. Em breve meus amigos e amigas foto das garrafas com os rótulos da Birra Ballare


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

E vamo a ballar!

Birra Ballare! A Nona sempre cantava e dançava depois de uma deliciosa ceva! Nunca me esqueço o meu primeiro contato com o Chopps e a Cerveja. Eu era pequeno, devia de ter uns 7 anos de idade, quando pela primeira vez eu vi um barril, de madeira, de Chopp AntarcticaEra o meu aniversário. Obviamente o barril era para os adultos. Mas aquele ano, 1980, foi para mim, um verdadeiro contato de primeiro grau com o mundo cervejeiro. Havia visto o Barril, o blocão de gelo, as torneiras, a bomba e nunca esqueço do cheirinho da madeira com cerveja.

A Nona tomou e ficou alegre! Dançou...dançou...dançou...até cair. Isto me marcou muito! As pessoas ficavam muito alegres com várias doses deste líquido dourado e espumoso. Riam demais. E eu queria por que queria beber. Quando cheguei perto...me tomaram da mão um copo que estava na mesa. O Nono me deu apenas um pouco da espuma para eu tomar. Bem pouquinho....

Era o ano de 1983, eu havia visto numa revista um kit para fazer cerveja. Havia pedido para o meu pai comprar, pois queria ver o processo de fabricação da cerveja. Via as fotos da revista, uma propaganda muito legal, tinha dois tipos de maltes: o claro e o escuro, uma panela e um coador. Não me lembro bem deste kit, mas a vontade de fazer cerveja surgiu dai. Nunca me compraram o tal kit, até para o professora da escola eu havia pedido. A professora chorou e chamou meus pais. Que bronca levei.
Graças a Deus, aprendi a beber corretamente, sem vício e o primeiro gole mesmo foi aos 18 anos.

Em 1993, eu comecei a colecionar latinhas de cervejas. Começa a beber as cevas e guardar as latas. Juntei bastante, mas a Mama jogava sempre fora, achando que era lixo. Eram latas de várias partes do país e tinha também importadas. Daquela coleção antiga, apenas me sobrou uma.

Das festas da Oktoberfest de Blumenau, do Maifest de São Paulo entre outras festas, sempre o líquido dourado presente nestes momentos tão legais da minha vida, mas tudo com moderação!

Foi a partir de 2011 que pude finalmente realizar um desejo que já estava guardado há anos: Fazer Cerveja!    Em 2012 que comecei a fazer brassagens sozinho. Aqui quero compartilhar um pouco de minha experiência como cervejeiro caseiro, minhas levas e também quero aprender muito!

O nome Birra Ballare é em homenagem a minha nona Giulia que sempre cantava: " E vamo a ballar!" e gostava de um bom vinho e cerveja. Salute a tutti!

Esta é uma mostra da minha segunda leva, uma Blond Ale. Quase 8 horas de trabalho e quase 1 mês para fermentação/maturação, este chopp ficou com boa drinkability, leve e refrescante.